terça-feira, 13 de outubro de 2015

Vida Nova!





Era uma vez uma escola de fadas, que antes de se tornarem fadas de verdade,  exigia um estágio. As fadinhas saíam em duplas para fazer o bem e no final de cada dia, apresentavam à fada mestre, um relatório das boas ações praticadas. 

Aconteceu um dia, que duas fadinhas estagiárias, depois de vagarem exaustivamente, regressavam frustradas por não terem podido praticar nenhum tipo de salvamento sequer. 

Neste momento as duas se depararam com dois lavradores que seguiam por uma trilha e uma delas disse:

- Tive uma ideia. Que tal darmos quinze minutos de poder a estes dois lavradores, para ver o que eles fariam? A outra respondeu:

- Você ficou maluca? A fada mestra não vai gostar nada disto!  Mas a primeira retrucou:

- Que nada, acho que ela até vai gostar! Vamos fazer isto e depois contaremos para ela.

E assim fizeram, tocaram suas varinhas invisíveis na cabeça dos dois e se puseram a observá-los. 

Poucos passos adiante eles seguiram por caminhos diferentes. Um deles, após terem se separado, viu um bando de pássaros voando em direção à sua lavoura, e passando a mão na testa suada disse:

- Por favor, meus passarinhos, não comam toda a minha plantação. Preciso que esta lavoura cresça e produza, pois é daí que tiro o meu sustento.

Naquele momento, ele viu espantado, a lavoura crescer e ficar pronta para ser colhida. Assustado, esfregou os olhos e pensou que deveria estar cansado, e acelerou o passo. 

Logo adiante tropeçou num porquinho que havia fugido do chiqueiro e disse:

- Você fugiu de novo meu porquinho! A culpa é minha, eu ainda vou construir um chiqueiro decente para você. Mais uma vez espantado, ele viu o chiqueiro se transformar num local limpo, todo azulejado, com água corrente e o porquinho instalado no seu compartimento. 

Esfregou novamente os olhos e apressando ainda mais o passo disse mentalmente:

- Estou muito cansado! Neste momento ele chegou em casa e, ao abrir porta, a tranca que estava pendurada caiu sobre sua cabeça. 

Ele então tirou o chapéu, e esfregando a cabeça disse:

- De novo, e o pior é que eu não aprendo. Também, não tem me sobrado tempo. Mas ainda hei de ter dinheiro para construir uma grande casa e dar um pouco mais de conforto para minha mulher. 

Naquele exato momento aconteceu o milagre. Aquela humilde casinha foi se transformando numa verdadeira mansão diante dos seus olhos. Sem nada entender, ele se jogou numa enorme poltrona que estava na sua frente e, em segundos, estava dormindo profundamente.

Minutos depois foi despertado pelos gritos do amigo desesperado:

- Socorro compadre! Ajude-me! Ainda atordoado ele perguntou ao amigo o que havia se passado e ouviu o seguinte:

- Compadre nós nos despedimos no caminho e eu segui para minha casa, mas acontece que poucos passos adiante, vi um bando de pássaros voando e direção à minha lavoura e gritei:

- Vocês de novo, atacando a minha lavoura, tomara que seque tudo e vocês morram de fome! Naquele exato momento, eu vi a lavoura secar e todos os pássaros morrerem diante dos meus olhos! Pensei que devia estar cansado, e apressei o passo. 

Andei um pouco e tropecei no meu porco que havia fugido do chiqueiro e gritei mais uma vez:

- Você fugiu de novo? Por que não morre logo e para de me dar trabalho? 
Compadre, não é que o porco morreu ali mesmo, na minha frente. Andei mais depressa, e ao entrar em casa, me caiu na cabeça a tranca da porta. 

Como eu já estava mesmo era com raiva, gritei novamente:

- Esta casa... Caindo aos pedaços, por que não pega fogo logo e acaba com isto?... Para surpresa minha compadre, naquele exato momento a minha casa pegou fogo, e tudo foi tão rápido que eu nada pude fazer! Mas... Compadre, o que aconteceu com a sua casa?... De onde veio esta mansão?...

Depois de tudo observarem, as duas fadinhas foram correndo muito assustadas contar para a fada mestra o que havia se passado. 

Estavam muito apreensivas quanto ao tipo de reação que a fada mestra teria. Mas tiveram uma grande surpresa. 

A fada mestra ouviu com muita atenção o relato, parabenizou as duas pela brilhante ideia que haviam tido, e resolveu decretar que a partir daquele momento, todo ser humano teria 15 minutos de poder ao longo da vida. 

Só que, ninguém jamais saberia quando estes 15 minutos de poder 
estariam  acontecendo. 

Somos todos viajantes no tempo e o futuro de cada um de nós está escrito no passado. 

Cada um encontra na vida exatamente aquilo que traz dentro de si mesmo. O ambiente, o presente e o futuro somos nós que criamos e isso só depende de nós mesmos.


Desejo que cada um de nós possa agir durante os 365 dias do ano com toda a sabedoria necessária para bom proveito destes 15 minutos de poder, já que não nos é permitido saber quando acontecerão!



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