Era uma
vez um caramujo que vivia no fundo do mar.
A água
era muito fria e o local escuro, já que a profundidade não permitia que o sol
chegasse até lá.
A correnteza da água faziam com que ele rolasse de
um lado para outro nas areias escuras, batendo nas pedras, algas, peixes,
estrelas e esponjas do mar e solitário e protegido na sua carapaça
mineral, nada via e nada percebia.
A mesma correnteza trazia nutrientes que garantiam a sobrevivência do caramujo, sempre dentro da concha.
Um dia,
houve um maremoto que impulsionou o caramujo para a superfície e uma
onda carregou-o para a orla.
Silencioso
ali permaneceu, recebendo o calor dos raios de sol.
Vagaroso,
arriscou colocar suas antenas para fora
da concha e começou a perceber o mundo...
Descobriu
a luz, a areia clara, o céu azul, os pássaros e a tranqüilidade fora do mar,
sem aquelas águas revoltas.
E ele
foi feliz. E foi tão feliz, que extasiado com a felicidade deixou-se ficar
parado naquele local, desfrutando o bem que agora descobrira.
Ouvia o
gorjeio dos pássaros, o som das ondas quebrando, sentia o cheiro da maresia, a
brisa quente, o perfume das flores, a textura da areia branca e quente.
Mas... de
repente, uma onda grande quebrou e a água novamente recolheu o caramujo e levou-o para o
fundo do mar.
E no
silêncio e na escuridão que sempre viveu, passou o resto de seu tempo lembrando
do sol, do céu, dos pássaros e da felicidade que um dia conheceu.
Este
texto ilustra de maneira metafórica como a falta de movimento pode prejudicar a
qualidade de vida dos seres humanos.
Muitas
vezes permitimos que
nosso eixo esteja fora de nós mesmos,
quando na verdade ele se encontra dentro
do nosso peito.
Não
podemos perder o contato com a nossa essência, pois é ela que nos dá a direção
do caminho a seguir e de onde encontrar a fonte de satisfação para atingirmos
os tão almejados momentos de realização e felicidade.
Encerro
com uma frase que ouvi em resposta a um comentário que fiz na festa de 15 anos
de uma jovenzinha que conheci quase ontem, com apenas 3 meses.
- “Puxa,
a vida passa muito depressa...parece ontem que ela usava fraldinhas”.
- “Não é
a vida que passa depressa, somos nós que caminhamos muito devagar”.
Esta
frase impregnou-se em mim e desde então, procuro estar
atenta à velocidade que imponho aos movimentos da minha vida.
E você, a quantos
quilômetros por hora tem andado e em qual direção?
Onde colocou seu eixo e as
metas para atingir a sua realização pessoal?
Acelere o passo enquanto há
tempo e faça acontecer!


Nenhum comentário:
Postar um comentário