Homeopatia em Odontologia

Há mais de 200 anos, um renomado médico alemão, apesar de ter grande clientela, foi tomado por um sentimento muito forte de inconformismo em relação às opções terapêuticas da época, pois achava que aquela medicina fazia seus pacientes sofrerem; e sem conseguir encontrar solução para sua angústia, resolveu desistir de exercer sua profissão.

Assim fez por um tempo, até que por acaso, para quem acredita no acaso, vislumbrou a possibilidade de uma nova maneira de tratar os indivíduos.

Mas não saiu medicando a todos que podia, primeiro experimentou nele mesmo, depois nos familiares e quando se sentiu seguro com os resultados, só então voltou a trabalhar em medicina. Dessa forma surgiu a Ciência Homeopática que graças à generosidade de seu codificador e maior pesquisador, Samuel Hahnemann, chegou aos dias de hoje.

Com essa nova possibilidade terapêutica, o indivíduo é visto como um todo e não apenas como um órgão adoecido, e seus sentimentos e reações diante dos acontecimentos da vida, são tão importantes quanto a dor que sente e, principalmente, o diferenciam das demais pessoas, tornando-o um ser único; o que é um ponto básico para a homeopatia, a individualização do paciente. E há outros, tão importantes quanto este.

Considerar a existência de uma energia interior em cada ser vivo é um deles.

Energia que, quando vibra harmoniosamente, garante um perfeito estado de saúde, tanto no plano físico como no plano mental. 

A ocorrência de enfermidades no ser humano pode ser explicada por perturbações no fluxo dessa energia, pois sabe-se que a doença provém de reações do organismo na tentativa de reequilibrar essa Energia Vital, como é chamada, que se desorientou. Não podemos esquecer que o corpo fala com uma linguagem muito especial, a linguagem dos sinais e sintomas, que aparecem inicialmente como sintomas da esfera emotivo-afetiva, para depois atingirem o organismo e deixar suas marcas na forma de sinais.

Nunca se falou tanto em Terapias Complementares como se fala atualmente, nem a população nunca se voltou tanto para elas, o que é muito interessante, pois sabemos quanto a tecnologia tem progredido e quanto temos feito uso dela para resolver os inúmeros problemas que aparecem. Porém, a impressão que se tem é que essa procura maior vem como um pedido do ser humano:

“– Você, que pode cuidar da minha saúde bucal ou geral, não pense em mim apenas como uma máquina que pode ter peças trocadas, consertadas ou ajeitadas, pense que existe algo mais no meu íntimo que chora, que ri, que se emociona, que sente raiva, e, de repente, você pode ser a única pessoa que tenho para me ouvir e, por não saber o que fazer com tudo o que exponho, pode desperdiçar a oportunidade de me curar.”

Jussara dos Santos Jorge Giorgi

Jornal da APCD, maio/2001.