Interrompa
o que você estiver fazendo por um instante! Pare o que você estiver pensando
por um minuto! Você está bem?
E
se eu pedir agora para você prestar atenção (simplesmente prestar atenção) na
sua respiração? Sem interferir no ato involuntário de respirar. E agora?
Conseguiria silenciar sua mente por um momento? Prestar atenção no seu corpo? Bem, se você conseguiu fazer pelo menos uma
das coisas sugeridas, deu um passo importante em direção a arte de meditar.
E
por que meditar? Esta é a pergunta.
O
dia-a-dia de um cirurgião-dentista, só nós é que sabemos como é... ou melhor,
nós e nossos familiares que percebem
nossa chegada em casa abatidos, cansados, sempre conectados a algum
acontecimento, alguma preocupação que envolve nossa maravilhosa, porém
desgastante profissão. E o que fazer?
Aí
é preciso esvaziar. Aí é preciso aquitetar e dar um mergulho dentro de nós
mesmos. Voltarmos para dentro, e buscarmos o equilíbrio necessário.
Na
verdade somos preparados desde o início de nossa vida a produzir, a darmos o
melhor de nós mesmos, vencer! Isto acaba tendo um preço, que na maioria das
vezes é alto, pois pode custar a nossa própria saúde. Saúde que precisamos
promover, sem acabar com a nossa, de preferência.
Segundo
um sacerdote taoísta que conheci, meditar
é esvaziar a mente dos pensamentos, dos desejos, das expectativas, dos
conceitos e pré-conceitos, dos julgamentos e apegos... esvaziar o coração das
mágoas, angustias, revoltas, traumas e sofrimentos, ansiedades e frustrações.
Difícil? Talvez, mas é preciso tentar. É preciso começar e recomeçar se preciso.
Segundo
Osho, nossa mente é tagarela. Não queremos pensar nas coisas, em nossas
obsessões, mas tudo continua lá, repetindo, repetindo, repetindo.
A
Meditação não precisa estar necessariamente ligada a uma religião, a uma
crença. É acima de tudo um estilo de vida. É uma prática pessoal que pode ser
aprendida com um professor ou pela prática, sozinhos, com livros por exemplo.
Existem
inúmeras técnicas, diversas maneiras de praticar. Tradicionalmente ela está
ligada ao taoísmo, ao budismo, ao hinduísmo, mas como já foi dito, o caráter
religioso não precisa estar presente, porém devemos buscar nesta viagem
interior entrar em contato com nossa espiritualidade, ou seja, nos
relacionarmos com algo que vai além de nós, das nossas circunstancias, dando um
sentido maior para nossa existência, e isto pode ser alcançado pela religião,
pela música, pela arte ou em valores e princípios, dentro de um pensamento, de uma
intenção elevada.
Se
procurarmos em um site de busca a palavra “meditação”, encontraremos nada mais
nada menos do que 1.970.000 resultados! Para “meditação e saúde” os resultados
atingem 712.000. Nada mal. Experimente fazer o mesmo para no Medline ou na
Bireme. É surpreendente. Pesquisa-se cada vez mais o tema.
Alguns
pontos em comum sobre as distintas técnicas e modo de meditar: respiração,
relaxamento, ritmo e às vezes sons estabilizadores (mantras, por exemplo).
Devemos
escolher um local adequado (preferencialmente sempre o mesmo, (mas não
necessariamente), assim como um horário mais ou menos fixo que pode ser pela
manhã cedinho, ou antes de dormir ou quem sabe entre uma consulta e outra...que
tal?
Existem
técnicas que preconizam um tempo entre 7 a 10 minutos, mas não existe um
consenso sobre isto, assim como o número de vezes por dia que deve ser
praticada.
A
postura deve ser confortável, sentada numa poltrona ou cadeira ou sob uma
almofada, com as costas apoiadas e retas e sem tensão.
Meditar
deve ser uma oportunidade de brincar, de compartilhar consigo mesmo de um
momento de paz e alegria, experimentado o desapego, a não necessidade de termos
o poder, de nos renovarmos e conseguirmos naturalmente o aumento do nosso potencial
e vislumbrarmos a nossa capacidade intuitiva se aflorar.
Experimente. Vale à pena. E lembre-se:
“Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho”
Mahatma Gandhi.
Helio Sampaio Filho


Vale a pena, os benefícios são imediatos e tudo já foi testado por milênios e até hoje está aí firme
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