quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

O valor de todas as coisas


Faz parte do processo de vida a saúde, a doença, a cura e o aspecto emocional dos indivíduos.

A própria referência do homem como indivíduo nos remete diretamente ao processo de individuação a que o ser humano sempre esteve submetido, principalmente na atualidade, onde o tempo e a velocidade do mesmo o afastam cada vez mais do contato com o seu próprio eu.

Mais que isso, além deste afastamento, os valores tem sofrido grandes transformações e as pequenas coisas, aquelas simples mesmo, corriqueiras, ficaram relegadas a um plano de menor importância e por que não dizer ao esquecimento. E você, onde entra nessa?

Retomando Hipócrates, que sabiamente afirmou ter o homem dentro de si todos os elementos para adoecer e para se curar, que tal submeter-se a um momento de reflexão e fazer contato com todas as coisas que compõem o seu dia a dia? 

Quem sabe este momento se transforme numa sessão de auto-cura?
Prepare o ambiente... Aromatize-o, coloque uma música suave, uma roupa confortável, pegue uma caneta macia, um papel bonito e, inspire e expire pausada e profundamente, até ser tomado por uma confortável sensação de relaxamento. Só então comece a relacionar tudo aquilo que o desestabiliza. 

Pessoas, situações, objetos de desejo, metas...  Dê uma nota para cada item, segundo a importância que cada um tem no seu grau de insatisfação.

Depois disso, numa outra folha de papel, escreva como se sente em relação ao mundo. E do que você efetivamente precisa para melhorar o seu nível de satisfação consigo e com tudo aquilo que se relaciona com você. E o quanto efetivamente os itens elencados na outra folha interferem na sua felicidade.

Hipócrates defendeu que as doenças acontecem por causas naturais que obedecem também a leis naturais. Além de acreditar que o homem deveria ser visto como parte integrante do ambiente em que vivia, considerou que o bem estar da pessoa estava sob a influência do seu ambiente, do ar, da água, dos locais que freqüentava e da alimentação.

Destarte, ao nos atermos aos processos de saúde, doença e cura a análise do Estilo de Vida é de suma importância.
Lalonde (1974) definiu Estilo de Vida como: "o agregado de decisões individuais que afetam a vida do indivíduo e sobre as quais este tem algum controle".  A Organização Mundial de saúde define estilo de vida como "conjunto de estruturas mediadoras que refletem uma totalidade de atividades, atitudes e valores sociais" (WHO, 1986)

Portanto, resignifique tudo aquilo que você julga ser fator de desestabilização em sua vida e mude o seu Estilo de Vida. Dê a cada coisa o valor que ela realmente tem. Identifique se você não está supervalorizando uma situação, um estado, uma relação, um status, um objeto, uma mágoa, um sentimento, elementos que podem não ser determinantes para estado de plenitude interior e que impõe a você um Estilo de Vida insatisfatório.

Faça uma faxina emocional e aumente os espaços internos para que sua energia possa fluir de maneira mais fácil e leve.

Descubra, ao final, que talvez você venha dando muita importância a aspectos que pouco contribuem para o seu crescimento interior e para sua satisfação pessoal.

Redescubra, assim, o valor de todas as coisas!


"Respeite mesmo o que é ruim em você - respeite, sobretudo, o que imagina que é ruim em você - não copie uma pessoa ideal, copie você mesma - é esse seu único meio de viver."




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