quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Luta pelo uso racional de Antimicrobianos

Revista do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo


Nas páginas 16 e 17 confira matéria sobre essa importante ação conjunta dos Conselhos de Saúde.



Pela primeira vez, entidades representativas de diversas categorias participaram juntas de uma ampla reunião para discutir um problema de saúde pública mundial, a resistência bacteriana causada, principalmente, pelo uso irracional de antibióticos. 

O start foi dado dia 17 de junho, na sede do CRF-SP. A necessidade de um programa para conter o problema foi constatada após um levantamento do CRF-SP em 2008, com 2.679 estabelecimentos farmacêuticos, em que 68% assumiram dispensar sem prescrição. 

A partir destes dados, por meio de seu Núcleo de Educação Permanente, o CRF-SP passou a estudar o tema e buscar referências técnico-cientí- ficas mundiais para lidar com a situação. Dados do último relatório da Organização Mundial de Saúde (2001) retratam que no Vietnã 70% das prescrições de antibióticos são inadequadas; já na China, o índice é de 63%. 

Este alto número é fruto de fatores como: diagnóstico incorreto, formação profissional deficiente, pressão e sobrecarga de trabalho. No Brasil, auditoria do Conselho Regional de Medicina de São Paulo revelou que em 35,4% dos hospitais pesquisados não há controle sobre a utilização de antibióticos e, em 38% deles, nenhum manual de orienta- ção para prescrição desses medicamentos. 

Após analisar os dados pesquisados, as estratégias da OMS e do Centro de Prevenção e Controle de Medicamentos (CDC), o CRF-SP constatou que só teria resultados efetivos se envolvesse, de forma multidisciplinar, todos os profissionais de saúde. Na primeira reunião esteve em pauta a possibilidade, apoiada pelo CRF-SP, de inclusão, por parte da Anvisa, dos antibióticos entre os medicamentos controlados. 

Para dr. Marcelo Polacow Bisson, vice-presidente do CRF-SP, a proposta deve ser acompanhada por uma grande campanha de conscientização. “Todos têm uma parcela de culpa pelo fato das infecções não responderem ao tratamento de alguns antibióticos. 

A farmácia, por vender sem a receita, o prescritor, que pode não ter feito um diagnóstico preciso, ou não prescrito pelo tempo correto, e a popula- ção, que não tem consciência do grave risco”. Liga entre as entidades Uma liga para ações conjuntas e formação de um grupo atuante fará propostas de regulamentações, em especial para antibióticos. 

Dra. Raquel Rizzi, presidente do CRF-SP, enfatizou a necessidade de capacitação dos profissionais de saúde, campanhas educativas, incentivo aos trabalhos científicos sobre antibióticos e resistência bacteriana de uma ação multiprofissional, sem deixar de atender cada área especificamente. Ampla cobertura da mídia 

O tema foi abordado nas páginas de importantes jornais (O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, Jornal da Tarde); telejornais (Jornal Nacional, Band News TV e Jornal da Band); em emissoras de rádio (Jovem Pan, Bandeirantes, CBN e Agência 2), além de portais (Editora Abril, Revista Veja e G1). A ação também foi amplamente divulgada no interior do Estado. 

http://portal.crfsp.org.br/cf/Arquivos/revista_95.pdf

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