segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Que caiam os muros e surjam mais pontes!


No dia nove de novembro o mundo comemora a queda do Muro de Berlim. Com seus 167 quilômetros de comprimento, ele circundava e isolava hermeticamente Berlim Oriental, separando praças, ruas e até casas pelo meio. Este Muro foi construído com o intuito de coibir o fluxo migratório de cidadãos incomodados pela restrição da liberdade civil que viviam no lado oriental.

Retomando a história, vale lembrar que na madrugada do dia 13 de agosto de 1961, centenas de trabalhadores construíram uma barreira que isolou completamente Berlim Ocidental do restante da cidade e do território da Alemanha Oriental, movimento iniciado em 1949, com a criação da República Federativa da Alemanha e da República Democrática da Alemanha.

A sua queda, em 9 de novembro de 1989 pôs fim a um processo de violência à liberdade, tão feroz a ponto de parecer absurdo.

O interessante de avaliar neste processo é que as crianças de 1961 fizeram, em 1989, coro nas passeatas em Leipzig, subiram em cima do Muro na frente da porta de Brademburgo e martelaram as estruturas para derrubar o símbolo da falta de liberdade.

O choque cultural da abertura do Muro foi imenso. A maioria dos jovens nunca tinha visto tamanhas variedades de coisas simples, entre elas  chocolates e biscoitos.

Quero remeter os leitores à reflexão. 

Escolhi falar sobre a queda do Muro de Berlim, porque além de historicamente ser um fato muito importante, identifica a aplicação da visão holística na sociedade, através de iniciativas que tendem a construir pontes sobre as fronteiras internacionais, religiosas, culturais, profissionais e políticas.

Transpondo esta experiência para o nível pessoal, vou citar a estória de "dois irmãos que se amavam muito e que moravam em fazendas vizinhas separadas por um riacho que os obrigava a caminhar uma grande distância todos os dias para poderem se encontrar.
Certa feita tiveram uma desavença e romperam relações.
Procurado por um carpinteiro que necessitava de trabalho, um dos irmãos solicitou que uma grande e alta cerca fosse construída ao longo do rio para que ele não precisasse mais ver seu irmão.
O carpinteiro se propôs a executar o serviço solicitado, e quando o fazendeiro ao entardecer retornou à sua fazenda, não pode acreditar no que viu. Ao invés de uma cerca o carpinteiro havia construído uma ponte que ligava as duas margens do rio. Ao olhar novamente para a ponte, viu seu irmão correndo com os braços abertos em sua direção.
Por um instante permaneceu imóvel do seu lado do rio. Mas, de repente, num só impulso, correu na direção do outro e abraçaram-se chorando no meio da ponte. 
O carpinteiro estava partindo com sua caixa de ferramentas quando o irmão que o contratou pediu-lhe emocionado: "espere! fique conosco mais alguns dias".E o carpinteiro respondeu: "eu adoraria ficar, mas, infelizmente, tenho muitas outras pontes para construir." 

 
Meu desejo é que você não precise de um carpinteiros para construir suas pontes, mas que você seja capaz de edificar caminhos para reconciliar-se com você mesmo e com o mundo!


Perdoe-se caso esteja insatisfeito com algo que tenha feito e que não saiu como você imaginou.

Perdoe alguém que o tenha magoado, lembrando-se que o acaso não existe e que cada um que cruza nosso caminho o faz por alguma razão.

Que você possa construir pontes, tornando-se um elemento de ligação.


Vou encerrar parafraseando um palestrante que recentemente disse serem os dois maiores propósitos da vida o aperfeiçoamento de si mesmo e tornar-se efetivamente um servidor da humanidade para tornar-la cada vez melhor.


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