No
dia nove de novembro o mundo comemora a queda do Muro de Berlim. Com seus 167 quilômetros de comprimento, ele circundava e isolava
hermeticamente Berlim Oriental, separando praças, ruas e até casas pelo meio.
Este Muro foi construído com o intuito de coibir o fluxo migratório de cidadãos
incomodados pela restrição da liberdade civil que viviam no lado oriental.
Retomando a
história, vale lembrar que na madrugada do dia 13 de agosto de 1961, centenas de
trabalhadores construíram uma barreira que isolou completamente Berlim
Ocidental do restante da cidade e do território da Alemanha Oriental, movimento
iniciado em 1949, com a criação da República Federativa da Alemanha e da
República Democrática da Alemanha.
A sua queda,
em 9 de novembro de 1989 pôs fim a um processo de violência à liberdade, tão
feroz a ponto de parecer absurdo.
O
interessante de avaliar neste processo é que as crianças de 1961 fizeram, em
1989, coro nas passeatas em Leipzig, subiram em cima do Muro na frente da porta
de Brademburgo e martelaram as estruturas para derrubar o símbolo da falta de
liberdade.
O choque
cultural da abertura do Muro foi imenso. A maioria dos jovens nunca tinha visto
tamanhas variedades de coisas simples, entre elas chocolates e biscoitos.
Quero remeter os leitores à
reflexão.
Escolhi
falar sobre a queda do Muro de Berlim, porque além de historicamente ser um
fato muito importante, identifica a aplicação da
visão holística na sociedade, através de iniciativas que tendem a construir
pontes sobre as fronteiras internacionais, religiosas, culturais, profissionais
e políticas.
Transpondo
esta experiência para o nível pessoal, vou citar a estória de "dois irmãos que se amavam muito e que
moravam em fazendas vizinhas separadas por um riacho que os obrigava a caminhar
uma grande distância todos os dias para poderem se encontrar.
Certa feita tiveram uma desavença e
romperam relações.
Procurado por um carpinteiro que
necessitava de trabalho, um dos irmãos solicitou que uma grande e alta cerca
fosse construída ao longo do rio para que ele não precisasse mais ver seu
irmão.
O carpinteiro se propôs a executar o
serviço solicitado, e quando o fazendeiro ao entardecer retornou à sua fazenda,
não pode
acreditar no que viu. Ao invés de uma cerca o carpinteiro havia construído uma
ponte que ligava as duas margens do rio. Ao olhar novamente para a ponte, viu
seu irmão correndo com os braços abertos em sua direção.
Por um instante permaneceu imóvel do
seu lado do rio. Mas, de repente, num só impulso, correu na direção do outro e
abraçaram-se chorando no meio da ponte.
O carpinteiro estava partindo com sua caixa de ferramentas quando o irmão que o
contratou pediu-lhe emocionado: "espere! fique conosco mais alguns
dias".E o carpinteiro respondeu: "eu adoraria ficar, mas, infelizmente,
tenho muitas outras pontes para construir."
Meu desejo é que você não precise de um carpinteiros para construir suas
pontes, mas que você seja capaz de edificar caminhos para reconciliar-se com
você mesmo e com o mundo!
Perdoe-se caso esteja insatisfeito com
algo que tenha feito e que não saiu como você imaginou.
Perdoe alguém que o tenha magoado,
lembrando-se que o acaso não existe e que cada um que cruza nosso caminho o faz
por alguma razão.
Que você possa construir pontes,
tornando-se um elemento de ligação.
Vou encerrar parafraseando um
palestrante que recentemente disse serem os dois maiores propósitos da vida o
aperfeiçoamento de si mesmo e tornar-se efetivamente um servidor da humanidade
para tornar-la cada vez melhor.
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