sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Não escolher já é uma escolha



A vida é feita de Escolhas.

Cada um de nós é produto de suas escolhas e das ações adotadas para efetivá-las. Engana-se aquele que atribui a outrem as conquistas ou mazelas de sua vida. Embora este seja um caminho mais fácil, pois exime o homem da culpa que lhe pode ser  atribuída em razão de seus percalços, ele não é verdadeiro.

O tempo todo fazemos escolhas.

Escolhemos o horário de dormir, de acordar, a roupa que vamos usar, como nos alimentar, como nos comportar, os amigos aos quais nos vinculamos, o(s) amor(es) de nossa vida, a profissão, o lazer, enfim, como gostaríamos de ver representado neste mundo o nosso EU.

E vamos caminhando sempre em frente, muitas vezes perpetuando um padrão de Escolhas que nos engessa e impede alçar um voo maior, que favoreceria e descoberta de um modelo que nos tornasse mais completos, mais livres e felizes.

O ser humano está em constante mutação. Segundo Heráclito, a cada segundo estamos nos transformando. Tudo está em contínuo movimento "eterno fluxo", "tudo flui e nada é permanente".  Diante desta teoria, esta que vos escreve agora, não é a mais a mesma que escreveu o primeiro parágrafo. Assim, é preciso estar atento a este processo de transformação contínua que ocorre a cada instante, interna e externamente. NADA SERÁ COMO ANTES!

Quando penso em transformação, o primeiro exemplo que me vem à mente é o da borboleta: o casulo apertado e o esforço necessário para que ela passe através da pequena abertura, é o modo que a natureza usa para forçar o fluido de seu corpo migrar para as suas asas, de modo que ela esteja pronta para voar quando ficar livre do casulo.

Assim também é com o Homem. Não há como fugir do “processo” para a “transformação”. A dificuldade é o veículo que permite à borboleta a abertura completa de suas asas para alçar voo, conhecer o mundo do alto, sentir a suavidade das flores que toca e embelezar a paisagem dos olhos que nela repousam.

Estes conceitos, Heráclito e a Borboleta, podem servir de paradigma para a necessidade intrínseca do ser humano de constante transformação e adaptação à novas realidades, uma vez que o mundo gira e nosso tempo não é eterno.

Então vamos à pergunta fatídica: Como andam sua vida e suas Escolhas? Será que hoje a representação do seu Eu neste mundo é aquela que você havia escolhido lá atrás? Você acompanhou as mudanças que aconteceram ao seu redor? Está feliz com a forma como vive, com o tempo que destina ao seu lazer, com os amigos que conquistou, com seu amor, com sua profissão? Não tenha medo de se fazer esta pergunta. Faz parte do processo de revisão das Escolhas feitas ao longo de sua vida!

Como bem exemplifica o processo de metamorfose da borboleta, o que “dói” no apertado casulo e nas asas, pode significar um momento que conduz ao esplendor. Sempre há tempo para mudar uma história de vida, basta vontade.

Por isso, da próxima vez que você for fazer uma Escolha, lembre-se que não escolher já é uma escolha. 

Escolha bem, coerentemente com  o desejo mais íntimo que você guarda a sete chaves dentro de seu coração. 

Escolha com generosidade e complacência a você mesmo, lembrando que só uma pessoa feliz e realizada pode modificar sua família, seus filhos, seus amigos, seu meio profissional, sua cidade, seu país, o mundo inteiro. 

Tal qual pedra lançada num lago, que desencadeia ondas propagadoras do movimento, assim será você, ser pleno e total, a transformar o universo!





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